domingo, 29 de maio de 2011


Sinopse

A vida do grande compositor de Vila Isabel desfila pelo palco: os problemas familiares (pai suicida, irmão epiléptico), os envolvimentos amorosos (Clara, Fina, Julinha, Lindaura e Ceci), o relacionamento com os amigos compositores e/ou cantores (Braguinha, Francisco Alves, Nássara, Ismael Silva, Orestes Barbosa, Mário Reis, Lamartine Babo, Almirante), a polêmica com Wilson Baptista, a luta íntima contra o defeito facial (provocado pelo parto a fórceps), tudo está ali, mas, principalmente, as grandes obras que ele criou (de 1929 a 1937) e o momento que propiciou cada criação, isto é, a gênese de cada música tem aqui enfoque especial.
Com que Roupa?, Três Apitos, Palpite Infeliz, Não Tem Tradução, Conversa de Botequim, Último Desejo, Fita Amarela, Pastorinhas são algumas das músicas que os atores cantam, ao vivo, em arranjos alegres e modernos, acompanhados pelo consagrado conjunto paulistano JB SAMBA, com 37 anos de carreira .
Reconhecido como aquele que uniu o samba da cidade ao do morro, foi Noël Rosa também que trouxe para a música brasileira o linguajar simples do povo, numa espécie de continuidade dos literatos que, na Semana da Arte Moderna de 1922, proclamaram liberdade de expressão e emprego da linguagem coloquial na poesia.
Mas, além de contar a vida de Noël, esta peça também faz homenagem a vários amigos, conhecidos e/ou parceiros dele na vida e na obra: o cantor e radialista Almirante, Lamartine Babo (futuro compositor dos hinos do futebol carioca), Joel de Almeida, Gaúcho, Nonô (pianista, tio de Cauby Peixoto e Cyro Monteiro), Orestes Barbosa (futuro letrista de Chão de Estrelas), Nássara (jornalista, cartunista e futuro compositor de Alalaô), Ismael Silva, Wilson Baptista, Homero Dornellas, Braguinha (futuro letrista de Carinhoso), Vadico (talvez o mais importante parceiro de Noël), o grande ator e compositor Mário Lago, os cantores Mário Reis e Francisco Alves e as cantoras Aracy Cortes, Aracy de Almeida e Marília Baptista.
Noël Rosa, morto precocemente (com apenas 26 anos de idade) pela tuberculose que adquiriu em parte pela vida desregrada e em parte pela dificuldade em se alimentar, foi um dos mais profícuos e produtivos compositores brasileiros e, até hoje, é por sua genialidade e atualidade, um dos autores mais cultuados e gravados pelos grandes intérpretes do momento (Martinho da Vila, Chico Buarque, Zeca Pagodinho, Maria Bethânia, Ivan Lins, entre outros).
Esta peça é uma homenagem a esse grande poeta, a esse grande músico, que, com seus sambas, escreveu, inadvertidamente, uma detalhada crônica de seu tempo.
 
Comentários : Sou super suspeito a falar desta peça, pois primeiramente sou fã do Noel Rosa e segundo que o espetáculo é sensacional... parabéns a todo elenco !

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